Todo mundo quer encontrar um amor. Nem que seja meio torto,
meio vesgo, meio sem jeito. Todo mundo busca por sua metade da laranja, seu par
perdido do sapato, tampa da panela, alma gêmea. Há ainda a busca por
carinho e companheirismo, por um ombro amigo, por um filme à noite mais
quentinho. É que falar de amor virou banal. Está na moda viver desapegado,
desesperançado, na “night” e descomplicado. Agora, as necessidades
são pontuais. “One night stand” e nada mais. Acho que se esqueceram
como é mais gostoso sentir tesão com paixão. Qualidade não é mais importante,
e sim, quantidade. Raros são aqueles que permitem se apaixonar. Afinal,
isso virou sinônimo de perda de tempo, de falta de liberdade, de “encheção
de saco” para jogar a real. Porque a geração atual é muito mais jovem e
existe o “timing” para o amor chegar. Mas e aí, meu caro, eu pergunto: existe o
“timing” ideal?
A verdade é que ninguém é feliz sozinho. Podemos ter o
maior amor próprio da galáxia, podemos nos curtir, aproveitar a vida sem
precisar de ninguém, ter um milhão de amigos e uma família invejável, mas quem
vier me dizer que não gosta de um beijo mais adocicado que se diferencie dos
demais já provados, estará mentindo. Podemos viver amores longos, aqueles
relâmpagos de alguns meses, algumas semanas, alguns dias, algumas horas,
enfim. Só que bem lá no fundo, eu sei, todo mundo espera sentir as
deliciosas borboletas no estômago ou todos os animais do zoológico no corpo
inteiro.
Escrito por: Ana Paula Mattar
Amei��
ResponderExcluir#papodescomplicado
Ameiiiiii adorei.
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