Ela cresceu sem querer, depois de enfrentar os vários medos
que habitavam sua mente: O medo de amar mais uma vez, o medo de se entregar e
acabar se machucando de novo.
Ela cresceu sem perceber, quando decidiu parar de chorar e
optou por ir adiante, mesmo com algumas feridas ainda não saradas, mesmo com
algumas feridas ainda incomodando enquanto ela pisava.
Sem dar tanta importância ao passado, mas levando sempre
consigo o pensamento de que "sim, era possível iniciar uma nova vida mesmo
que ainda ferida", ela se desfez de amores passados e limpou o coração ao
máximo, o quanto conseguiu.
Não foi fácil, porque nunca é, mas ela cresceu. Ela cresceu
quando percebeu que não precisava de muletas sentimentais para se manter de pé.
Ela precisava apenas de pessoas sinceras, dispostas a amar que nem ela.
Ela cresceu mais do que imaginava que era capaz. Mas pra
isso, ela teve que deixar muita coisa pra trás. Amores e histórias antigas que
já não faziam bem nenhum, sentimentos negligentes que restaram de decepções com
pessoas que ele amou um dia, coisas que nem ela mesma sabia que ainda tinha.
O peito dela pareceu perder uma tonelada. Ela cresceu e
ficou mais leve, mais forte. E todo aquele "nada" que já não servia
pra coisa nenhuma foi substituído por tudo aquilo que ainda fazia sentido.
Ela cresceu sem perceber, depois de enfrentar cada medo que insistia em preencher seu coração. Ela cresceu quando entendeu que tinha outra opção. Ela cresceu e finalmente aprendeu a não aceitar tudo, aprendeu a dizer não.
Por: Allison Christian Freitas